metafisica
Capítulo 1: a excelência moral assim como a proficiência nas artes, adquire-se pela repetição dos atos conformes a ela.
“...há duas espécies de excelência: a intelectual e a moral. Em grande parte a excelência intelectual deve tanto o seu nascimento quanto o seu crescimento à instrução (...) quanto à excelência moral, ela é o produto do hábito...”
“As coisas que temos de aprender antes de fazer, aprendemo-las fazendo-as...”
“...na prática de atos em situações perigosas, e adquirindo o hábito de sentir receio ou confiança, tornamo-nos corajosos ou covardes. (...) Em uma palavra, nossas disposições morais resultam das atividades correspondentes às mesmas”
Comentário: A Ética de Aristóteles tem um objetivo prático, por isso entende que um ato isolado não constitui uma virtude. Porém, se esse ato se tornar contínuo gera um hábito. Os hábitos, por sua vez, aperfeiçoam as virtudes do homem.
Capítulo 2: estes atos não podem ser dosados exatamente, mas devem evitar o excesso e a falta.
“‘Agir de acordo com a reta razão’ é um princípio geral”
“...a moderação e a coragem, portanto, são destruídas pela deficiência e pelo excesso, e preservadas pelo meio termo”
Comentário: A “reta razão” de Aristóteles relaciona-se à prudência. É parecido com a máxima kantiana do imperativo categórico (agir como se sua ação fosse base para uma conduta universal).
Cada ato humano é circundado por diversas circunstâncias. Se a pessoa continua a praticá-lo, independentemente das circunstâncias, ele gera um hábito (que pode ser bom ou ruim, ou seja, virtude ou vício).
Para Levy Strauss as circunstâncias são essenciais para a estratificação social. Isso gera a teoria de que o indivíduo é fruto de seu meio.
Outro ponto importante é o “meio termo”: os extremos (deficiência e excesso) são prejudiciais. A virtude só é encontrada pelo meio termo: