Metabolismo No Jejum
I - VISÃO GERAL DO JEJUM
O jejum pode resultar de uma incapacidade de obter alimento, do desejo de perder peso rapidamente ou de situações clínicas nas quais um indivíduo não pode comer devido a trauma, cirurgia, neoplasias, queimaduras, etc. Na ausência de alimento, os níveis plasmáticos de glicose, aminoácidos e triacilgliceróis caem, acarretando um declínio na secreção de insulina e um aumento na liberação de glucagon. A baixa relação insulina/glucagon e a menor disponibilidade de substratos circulantes tornam o período de privação de nutrientes catabólico, caracterizado pela degradação de triacilglicerol, glicogênio e proteína. Isto leva a uma troca de substratos entre o fígado, tecido adiposo, músculo e cérebro, que é guiada por duas prioridades: (1) a necessidade de manter níveis plasmáticos adequados de glicose para manter o metabolismo energético do cérebro e outros tecidos que requerem glicose, e (2) a necessidade de mobilizar os ácidos graxos do tecido adiposo e os corpos cetônicos do fígado para suprir energia a todos os outros tecidos.
II – DEPÓSITOS DE COMBUSTÍVEL
Os combustíveis metabólicos disponíveis em um homem normal de 70kg no início de um jejum são mostrados na Figura 26.1. Note os grandes depósitos calóricos disponíveis como triacilglicerois, comparados àqueles contidos no glicogênio. Embora seja listada como uma fonte de energia, cada proteína possui uma função, por exemplo, como um componente estrutural do corpo, uma enzima, etc. Somente cerca de um terço das proteínas corporais podem ser usadas para a produção de energia sem comprometer fatalmente as funções vitais.
III – ALTERAÇÕES ENZIMÁTICAS NO JEJUM
No jejum (bem como no estado absortivo), o fluxo de intermediários através das rotas do metabolismo energético é controlado por quatro mecanismos: (1) a disponibilidade de substratos; (2) a ativação e inibição alostérica de enzimas; (3) a modificação covalente das enzimas; e (4) a