Metabolismo mineral do cloro em plantas
Ana Claudia Macedo
Botucatu
2012
No início do século XIX os estudos extensivos sobre a composição das plantas cultivadas em diferentes solos permitiram compreender que a presença e a concentração de um elemento mineral não poderiam ser critérios para a demonstração de sua essencialidade nas plantas (KERBAUY, 2004).
A planta poderia absorver elementos minerais nem sempre essenciais ao ciclo reprodutivo, possuindo uma capacidade de absorção seletiva limitada, tendo a capacidade de absorver elementos não essenciais e até mesmo tóxicos (KERBAUY, 2004).
Com isso, os elementos minerais essenciais para as plantas foram ao longo do tempo sendo determinados e também denominados de nutrientes minerais atendendo a critérios de essencialidade como: a necessidade do elemento para a planta completar seu ciclo de vida, o elemento ter uma função específica e não poder ser substituído, além de estar envolvido diretamente no metabolismo da planta (TAIZ & ZEIGER, 2009).
Com o avanço dos estudos, os elementos foram divididos em duas classes sendo considerados macronutrientes, aqueles exigidos em maiores quantidades e micronutrientes aqueles exigidos em menor quantidade pelas plantas, e é na classe dos micronutrientes que encontra-se o elemento cloro (KERBAUY, 2004). O cloro foi o penúltimo elemento a ser considerado como essencial para a vida das plantas, cuja essencialidade foi demonstrada em tomateiro cultivado em solução nutritiva purificada (BROYER et al., 1954).
O cloro é um nutriente excepcional, pois, embora seja classificado como um micronutriente, e geralmente seja requerido em concentrações muito baixas, está presente nos tecidos das plantas em concentrações muito maiores, semelhantes àquelas que seriam normalmente associadas com os macronutrientes. Isto reflete a larga distribuição do cloro por toda a natureza. De fato, quando Broyer et al. (1954)