Metabolismo dos lipídios em ruminantes e monogástricos
Na natureza os lipídeos se encontram localizados principalmente nas folhas e nas sementes dos vegetais. O tipo varia, sendo fosfolipídios e galactolipídeos encontrados nas folhas das plantas e triglicerídeos localizados como substância de reserva nas sementes. Além desses ainda encontramos nas plantas: ceras, carotenóides, clorofila, óleos essenciais, e outras substâncias solúveis. Os lipídeos contidos em fontes vegetais são perfeitamente absorvíveis pelas mucosas intestinais de quase todas as espécies de mamíferos, pois o beneficiamento do óleo vegetal rompe as paredes celulares da célula vegetal mecanicamente, principalmente no processo a frio que preserva os ácidos graxos mais delicados nas cadeias de lipídeos, os ácidos graxos poli-insaturados, visto que a parede da célula vegetal é a maior barreira de aproveitamento de nutrientes de fontes vegetais em animais monogástricos em geral. A particularidade no caso de monogástricos é o gato, e os outros felinos, que como carnívoros estritos, necessitam receber os ácidos araquidônico e linoleico na alimentação baseada na carne, que é rica nestes ácidos, que estes animais evoluíram para receber. Então, é muito importante que estas espécies recebam dietas ricas em óleos que contenham maiores quantidades de ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa, para que as necessidades de ácidos graxos linoleico, linolênico e araquidônico sejam atingidas. Já a evolução dos ruminantes ocorreu associada à ingestão de forragens que são naturalmente pobres em gordura, com teores da ordem de 3% na Matéria Seca (MS). O ecossistema ruminal, um dos melhores exemplos de simbiose da natureza, onde o animal provê o ambiente e o alimento e a microbiota hospedada nele permite o uso da fonte