metabolismo dos lipideos
A. METABOLISMO DEGRADATIVO
Os triglicerídeos representam a quase totalidade da fração lipídica de uma dieta ou ração animal, pois que correspondem aos óleos vegetais e à gordura animal.
Constituem se em importante reserva energética, tanto do ponto de vista quantitativo
(podem se acumular em grandes quantidades no organismo), como do ponto de vista qualitativo (são os mais energéticos dos alimentos, quando comparados com proteínas e carboidratos). A elevada densidade energética dos lipídeos é atribuída ao fato de conter pouco oxigênio na molécula, apresentando o átomo de carbono em estágio mais reduzido
(com baixo número de oxidação).
ALTO VALOR ENERGÉTICO DOS
LIPÍDEOS
CLASSE DE C (%) O (%) H (%) N (%) Kcal/g
ALIMENTO
53
23
7
16
4
PROTEÍNA
49
6
4
CARBOIDRATO 44
76
11
12
9
LIPÍDEO
DEVIDO AO BAIXO CONTEÚDO DE OXIGÊNIO NA MOLÉCULA
DO LIPÍDEOS, O ÁTOMO DE CARBONO SE APRESENTA MAIS
REDUZIDO (BAIXO No DE OXIDAÇÃO), RESULTANDO EM
MAIOR VALOR CALÓRICO.
1. HIDRÓLISE DO TRIGLICERÍDEO E DESTINO DO GLICEROL
A degradação dos triglicerídeos, sejam eles provenientes da dieta ou aqueles armazenados no próprio organismo, se inicia pela hidrólise, catalisada pelas lipases, originando glicerol e ácidos graxos, seus constituintes essenciais.
O glicerol, como produto da via glicolítica, também é degradado pelo mesmo processo metabólico, resultando em piruvato que segue destino já conhecido. No entanto, numa primeira reação (catalisada por uma quinase) o glicerol é fosforilado numa extremidade
(com consumo de ATP), sendo a seguir oxidado a fosfo-di-hidroxiacetona (gerando
NADH+H), fluindo em seguida pela via glicolítica até piruvato. Se considerarmos o piruvato sendo oxidado a acetil-CoA e este queimado pelo Ciclo de Krebs e Cadeia
Respiratória, se pode contabilizar a produção de 22 moléculas de ATP por molécula de glicerol biologicamente oxidada até gás carbônico e água.
HIDRÓLISE DO TRIGLICERÍDEO
CH2
O CO
CH O CO
CH2
R1
R2
O CO
CH2OH
3H2O
+
R3