Mestre
Profª Márcia Costa[1]
Introdução
Vivemos em uma sociedade que se caracteriza pela mudança e surgimento de novos paradigmas. Novas regras são ditadas a todo instante induzindo ao consumo e a inovação. Vivemos o momento do descartável, das conexões, da instantaneidade. Nesta busca pelo novo, freqüentemente nos defrontamos com situações que imaginamos novas, mas, que com um pouco mais de investigação, percebemos tratar-se de novas interpretações para conceitos antigos. Como se fosse uma roupa antiga que, com alguns retoques, volta a impressionar com um estilo atual. Assim é com a teoria dos sistemas abertos, que foi um divisor de águas na teoria das organizações e ainda representa um referencial de fundamental importância nos atuais modelos de gestão organizacional. Para os gestores que vivem o desafio de inovar para manter-se competitivos em um mercado cada vez mais complexo e imprevisível, fica a pergunta: - O que há realmente de novo nas mais recentes abordagens e teorias das organizações?
Primeiros estudos sobre sistemas abertos
Os primeiros estudos sobre a Teoria dos Sistemas foram desenvolvidos por Ludwig Von Bertalanffy, logo após a Segunda Guerra Mundial. Estes estudos, voltados para a Física e a Biologia, foram publicados em 1956 no livro Teoria Geral de Sistemas (General Systems Theory). O modelo de sistema aberto preconizado por Bertalanffy é o de que
Um organismo vivo não é um conglomerado de elementos isolados e sim um sistema aberto que mantém um estado constante enquanto a matéria e a energia que nele penetram continuam a se transformar. O organismo sofre influência do ambiente e o influencia, e nesse ambiente atinge um estado de equilíbrio dinâmico (Wahrlich: 129).
As pesquisas desenvolvidas por Bertalanffy influenciaram diversos estudos, entre os quais pode-se destacar a Teoria das Organizações. Outro estudo de relevante importância foram