Mestre
Daniel Alves Boeira
Resumo: Esta comunicação trata sobre uma instituição de educação e correção chamada Patronato Agrícola – mais especificamente, o Patronato Agrícola de Anitápolis, situado no estado de Santa Catarina – no período de 1918 a 1930; várias experiências foram vividas por crianças e jovens, considerados pelas autoridades policiais e judiciárias de delinquentes juvenis ou menores neste estabelecimento. As mudanças impostas pelo regime republicano nas cidades e nas políticas públicas nos fazem considerar a procedência desses menores (Rio de Janeiro), através da análise da legislação federal referente aos patronatos agrícolas no país, os procedimentos eram baseados na tríade: educação, trabalho e disciplina. Os professores e instrutores desta instituição, amparados pela égide da ordem e progresso que o período proporcionava, foram imbuídos de ensinar técnicas agrícolas, noções cívicas e militares, com a finalidade de torná-los futuros trabalhadores rurais.
Palavras-chave: Patronatos Agrícolas – Ensino – Menoridade - Primeira República.
O presente artigo apresentado neste evento é parte do segundo capítulo de minha dissertação de mestrado em História2. Num cenário que almejava a construção da nação através da modernização, do progresso material e do aperfeiçoamento racial3 da população, sem, entretanto, alterar a estrutura político-econômica do país, as reformas sanitárias e educacionais constituíram-se em estratégias privilegiadas de “salvação nacional”.
Estas alterações na política educacional herdaram alguns revezes do Império, ou seja, um grande número de analfabetos e a precariedade de escolas. Apesar disso, apareceram amplas discussões em diversos círculos políticos, intelectuais, na Igreja e outros setores da sociedade que vislumbravam possibilidades de reformas da escolarização para atender a população pobre.
Percebe-se que, simultaneamente à