mestre
RESUMO:
Um dia disse o poeta: Sim! Ajudai o semelhante, mas onde está o semelhante? Este questionamento abre uma grande discussão sobre a [Ética] e o que é mais importante a ética voltada para o outro. Isto porque o outro está cada vez mais longínquo, como também o outro está se esvaindo e até mesmo inexistente em nossa sociedade individualista, egoísta e sumamente capitalista. Estamos vivendo uma invivibilidade social, os liames afetivos estão fragilizados, o homem está vivendo uma falta de sentido e a exarcebação da racionalidade que tudo destrói está causando a barbárie humana. Neste sentido como podemos pensar em um discurso ético e principalmente como podemos refletir sobre a [Ética da alteridade] em uma sociedade cada vez mais adoentada e esfacelada? Como podemos pensar no outro, já que o outro é um espectro do meu liame social? E o que pensar sobre o amor, que no qual até esse sentimento mais sublime se tornou [líquido]? Assim surge o grande indagamento: o que nos transformamos e o que fizemos de nós mesmos?.
Dentro desses pressupostos vamos fundamentar a modernidade aparentemente ética até a pós-modernidade drasticamente aética. Assim sendo vamos precisar de filósofos como Pietro Barcellona que pensa a invivibilidade do presente no qual o sistema nega os liames sociais, ou seja, a si mesmo e ao outro, levando a existência a uma quimera de infelicidade e ausência de afetividade; Como também Emannuel Lévinas que pensa uma ética voltada para o outro, no qual a humanidade ainda tem esperança. É, sobretudo nesse segundo pensador que iremos nos fundamentar em especial e pensar que ainda é possível uma ética da alteridade.
1. INTRODUÇÃO
Em certa medida, a pergunta que perpassa a obra de Lévinas é se ainda é possível pensar temas como a Ética, o Infinito, o Bem, Deus, a Religião,