MESTRE
O que Falta para Criarmos o Jeito Brasileiro de Administrar?
No Brasil temos uma cultura de copiar os modelos de outros países, acreditamos mais na capacidade dos outros do que na nossa própria capacidade. Isto faz com que deixemos de valorizar as nossa criatividade e importemos “pacotes de soluções” de outros países, que nem sempre se adaptarão à nossa cultura. Historicamente os modelos de gestão das nossas organizações foram importados, de Portugal, da França e mais recentemente dos Estados Unidos e até dos Tigres Asiáticos.
Mas como é característica do homem sempre estar buscando novas mudanças, esse quadro começa a se modificar. Nas universidades estão surgindo as primeiras teses sobre O Jeito Brasileiro de Administrar, que seguem três linhas distintas de pesquisa: Administração de Empreendimentos e Negócios, Administração Pública e Administração e Organização dos Movimentos Sociais, as duas primeiras ainda em fase embrionária.
Os modelos importados de gestão, praticados em larga escala nas nossas empresas, vêm sofrendo ao longo dos anos a influência da cultura e dos costumes que os profissionais levam para dentro das organizações. O que não chega a caracterizar um jeito brasileiro de administrar. É, no máximo, uma tropicalização do que é feito lá fora e adaptado, às vezes mal adaptado, às condições do Brasil.
O texto nos faz refletir sobre a importância de valorizarmos cada vez a criatividade do povo brasileiro, valorizando sua diversidade cultural, apesar de que não podemos deixar de valorizar o que é criado lá fora, pois a mesclagem entre ele e a nossa criatividade, pode trazer grande crescimento para o nosso país, desde que saibamos discernir entre o que é realmente bom para nós e entre o que não passa de modismos em termos de novos modelos de administração. Só assim poderemos criar um identidade própria do nosso país, tornando o país mais competitivo no mercado externo.