Mestre Vitalino
No final do século 40, Vitalino, já casado com Joana Maria da Conceição e com seis filhos, se mudou para o povoado do Alto do Moura, ficando assim mais próximo do centro e da Feira de Caruaru.
Foi nesta casa que o Mestre Vitalino, que, segundo contam, era tímido, cordial, amigo de todos, fala amável, franzino, cabelo escovinha, bigode raso, católico tradicional, devoto de Padre Cícero, festeiro e também analfabeto, viveu com sua esposa e com seus 18 filhos (dos quais só cinco sobreviveram até a idade adulta), até o fim de sua vida e onde produziu milhares de peças, abrangendo cerda de 118 temas ligados ao imaginário nordestino.
Vitalino nunca se interessou em produzir utensílios domésticos, como era a tradição dos ceramistas da época. Seu repertório incluía bonecos de gente e de bicho.
Como um fotógrafo, ele registrava por meio do barro cenas da vida do sertanejo. Os ritos de passagem como nascimento, casamento e morte estão presentes em suas peças e revelam hábitos e costumes da região. Imagens que remetem o crime e a lei também são comuns no seu trabalho, da mesma forma, temas com religião, a seca e a migração.
E é a