MESTRE DOS MARES
O cenário do filme se passa no auge da expansão econômico-militar francesa, ocorrida no início do século XIX, com a consolidação de Napoleão Bonaparte como imperador. O monarca estabeleceu o Código Napolêonico, um Código Civil que, dentre outras medidas, garantia o respeito à propriedade privada, direito à liberdade individual e igualdade de todos ante a lei. A França possuia, ainda, o exército mais poderoso da Europa (chamado Grande Armée) e demonstrava atitudes hostis às demais nações européias, notórias através de sua política expansionista. Em contrapartida, a Inglaterra se apresentava como pioneira na revolução industrial, com forma de governo monárquica, colonialista, e possuia a maior Marinha da época, em virtude, sobretudo, de sua privilegiada posição insular. Ameaçada pela política e ideais franceses, a Inglaterra formou uma coligação com outras potências da época, como Rússia, Áustria e Prússia, para contê-los. As campanhas no continente estavam favoráveis à França naquele momento, sendo as campanhas marítimas realizadas essencialmente contra a Inglaterra, compondo a ambientação do filme. O enredo é voltado na perseguição de um navio francês (Acheron) por um inglês (HMS Surprise), sendo que este possuia menor porte e capacidade bélica. Nesse contexto, o Comandante Jack se empenha e estimula a tripulação do HMS Surprise a abnegarem-se e vencer as adversidades do clima de guerra e da vida à bordo, com a finalidade de obter vantagens estratégicas para abater a belonave inimiga. Com isso, pode-se identificar as seguintes tradições, crenças e valores militares-navais, presentes, inclusive, nos dias de hoje: Tradições
Quarto de Serviço e sino: a tripulação se reveza em seus postos de serviço, que possuem duração definida (no filme, medido por uma