Mestranda

FORMAÇÃO DOCENTE PARA A PRÁTICA DE EDUCAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS: TEORIA E A REALIDADE
DANIELA MARIA MANNA BARTASEVICIUS

ORIENTAÇÃO: MEIRI APARECIDA GURGEL DE CAMPOS MIRANDA
COORIENTAÇÃO: MIRIAN PACHECO DA SILVA

1. INTRODUÇÃO
A sexualidade humana, vista por muitas pessoas como questões relacionadas simplesmente ao sexo e ao desenvolvimento do corpo, tem ganhado espaço no entendimento da construção da personalidade e do bem-estar individual. Bruess & Greenberg (2009) explicam que a sexualidade humana, engloba o conhecimento sexual, as atitudes, valores e comportamento dos indivíduos e que podemos dividir a construção dessa sexualidade em quatro dimensões: ética, biológica, cultural e psicológica. Segundo esses autores, a inter-relação entre essas quatro dimensões é que resultam na sexualidade total do indivíduo.
As questões sexuais que antes eram tradicionalmente associadas às famílias, passam a ser tratadas como um problema social, e recebem investimentos dos órgãos públicos (ROSISTOLATO, 2009), o que torna as escolas públicas um dos principais palcos na intervenção da socialização afetivo-sexual dos adolescentes.
Almeida et Al (2001) apontam que o Ministério da Cultura e Educação (MEC), em 1996, através dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), passa a estimular os projetos de educação sexual nas escolas, com a sua inclusão nos temas transversais.
Conforme os PCN sobre orientação sexual:
[...]A escola, sendo capaz de incluir a discussão da sexualidade no seu projeto pedagógico, estará se habilitando a interagir com os jovens a partir da linguagem e do foco de interesse que marca essa etapa de suas vidas e que é tão importante para a construção de sua identidade. BRASIL (1998, p.297)
Outro ponto importante tem inicio, segundo Bruess & Greenberg (2009 ) com a crise da AIDS na década de 80, que forçou os governos a prestarem mais atenção no inicio da vida sexual dos jovens, Neste aspecto, a escolha da escola, como meio para um programa de