mestranda

RESENHA: DIONNE, Hugues. Pesquisa ação para o desenvolvimento local. Brasília: Liber Livro Editora, 2007. p. 47 – 66. O objetivo do texto é discutir como a pesquisa clássica é modificada pela pesquisa-ação. Para ajudar a definir e a compreender as peculiaridades da pesquisa-ação, podemos compará-la à pesquisa clássica ou tradicional. A pesquisa é posta aqui a serviço da ação. O pesquisador é implicado na ação. Os objetivos da pesquisa são diferentes dos da pesquisa clássica: Fundamentalmente, a pesquisa clássica deve produzir saberes e também contribuir para o desenvolvimento do conhecimento. A contribuição será tanto mais valiosa se for generalizável, se tiver um potencial de abstração, permitindo-lhe ao mesmo tempo incluir e superar cada situação particular. É esse poder de generalização que está no centro do processo. Trata-se idealmente de definir leis universais de explicação. Mas o principal sentido da pesquisa é determinado em virtude de sua eficácia na ação. O desenrolar do processo deve respeitar esse regras. A pesquisa-ação, utilizada em situações concretas e circunstanciadas, recorre principalmente às técnicas de pesquisa qualitativa, para ficar mais atenta aos discursos dos próprios atores e ao aprofundamento de situações particulares. Considerando normais os ajustes, a pesquisa clássica segue as regras de processamento dos dados coletados para validar, ou não, as afirmações formuladas relativas ao objeto investigado. Nessa etapa, o ator social está ausente. Sua presença se manifesta principalmente na etapa da coleta de dados. O processamento de dados é realizado numa dinâmica de trocas, de diálogos, de debate com os parceiros sociais. Os procedimentos de análise são mais vivos, em constante confrontação com a realidade dos atores sociais. De fato, as conclusões da pesquisa clássica sempre constam de relatório de pesquisa. A difusão da pesquisa clássica é normalmente controlada pelo pesquisador. A difusão dos resultados da pesquisa faz parte