Mestranda em ciências humanas
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Em seu livro “A literatura em perigo”, Todorov defende uma mudança de método no ensino da literatura. Discute ainda, o quanto o ensino acadêmico da literatura na França está mais preocupado em analisar a teoria literária da obra do que perceber a essência do texto. O autor nos alerta que é necessário equilibrar o sentido do texto com a teoria, pois, para ele, na França hoje há mais preocupação com a teoria. O texto, escrito em primeira pessoa, é dividido em sete capítulos. A obra inicia com dados autobiográficos e em seguida critica o ensino educacional francês. Do terceiro ao quinto capítulo, Todorov dirige-se do renascimento ao século XX falando sobre o que? Falando sobre o que não se refere ao estruturalismo?
Em seu sexto capítulo, intitulado “o que pode a literatura?”, o autor busca transmitir a força da literatura quando diz que “a literatura pode muito” (p. 76), chegando a inferir que a literatura busca compreender a experiência humana. Por fim, em seu último capítulo, Todorov afirma que a narrativa sempre será uma conversa entre o autor e o leitor, conversa esta que deve ser prazerosa para então retomar a questão do ensino da literatura na escola pois, é a falta de interesse pela literatura que a põe em perigo. Sendo assim, Todorov justifica sua preocupação com a maneira como a escola tem tratado a literatura.
Falar da corrente estruturalista
Todorov deixa claro que a essência do texto literário é o que importa. Mário Vargas Llosa confirma essa concepção em seu artigo “em defesa do romance?” quando expõem que “ a literatura é uma das ocupações estimulantes e fecundas da alma humana”, dizendo ainda que ela é um dos “denominadores comuns da experiência humana graças ao qual os seres vivos se reconhecem e dialogam”. Todas essas concepções são extremamente válidas, apesar que, não podemos negar que toda obra há