mestrado
CAPÍTULO I – ANÁLISE DO DISCURSO
Rômulo Giácome de O. Fernandes[1]
Leiliane Xavier Azevedo[2]
João Valter Gabriel[3]
Sandra Maristela[4]
Tércio Silva Flor[5]
Valdomiro de Jesus [6]
Valéria Fagundes[7]
1 ESBOÇO HISTÓRICO
Este trabalho tem por finalidade apresentar ao público leitor um resumo sintético sobre a Análise do Discurso (AD) do ponto de vista da autora Helena H. Nagamine Brandão em sua obra Introdução à análise do discurso em segunda edição publicada em 2004.
A princípio devemos considerar que a linguagem é um sistema de significação da realidade, como um distanciamento entre a coisa representada e o signo que a representa; sabendo que esta distância entre a coisa e sua representação sígnica é que reside a ideologia. Daí, consideramos que o ponto de articulação dos processos ideológicos e dos fenômenos lingüísticos é, portanto, o discurso:
A linguagem enquanto discurso não constitui um universo de signos que serve apenas como instrumento de comunicação ou suporte de pensamento; a linguagem enquanto discurso é interação, é um modo de produção social. Ela não é neutra e nem natural, por isso o lugar privilegiado de manifestação da ideologia. (BRANDÃO, 2004, p.11)
Os anos 50 foram decisivos para a construção de uma análise enquanto disciplina. De um lado surge o trabalho de Harris (1952) Discurse Analys, que mostrou a possibilidade de ultrapassar as análises confinadas meramente à frase. (BRANDÃO, 2002. p 13)
Segundo Brandão (2002), a princípio existiram duas obras diferentes, embora importantes e seminais para a análise do discurso: A primeira, considerada um marco inicial da análise do discurso, (a obra de Harris, já citada, que se coloca ainda como simples extensão da Linguística); e a segunda, a obra de Benveniste, a qual afirma que o locutor faz uso do aparelho formal da língua