Messianismo
Nos últimos anos, vários produtores rurais têm procurado utilizar os mananciais de águas subterrâneas através da perfuração de poços profundos. O manancial subterrâneo nessa região é representado por um aqüífero sedimentar de grande espessura, pertencente à Formação Urucuia, porém os trabalhos já desenvolvidos não apresentam com detalhes os parâmetros hidrodinâmicos deste aquífero. Este aquífero é responsável pela perenidade dos rios durante o período de estiagem
(abril a outubro) e estima-se que a utilização em larga escala das águas subterrâneas interfira diretamente no volume de água que escoa superficialmente. A SRH-BA vem desenvolvendo, portanto, um estudo detalhado sobre as características deste aqüífero, principalmente sobre a definição dos principais parâmetros hidrodinâmicos, detalhamento do comportamento do sistema aquífero na área de influência dos poços de produção e sua evolução espacial e temporal, além do estudo da recarga e da vazão de base do aqüífero Urucuia.
Carrancas
Na Bacia do Rio Corrente, principal afluente do Rio São Francisco, havia um tempo em que os barqueiros usavam carrancas na proa para espantar os maus espíritos e os monstros da água doce que poderiam atrapalhar a navegação – o Nêgo D’Água, por exemplo. Até os anos 1980, muitos deles tiveram a sorte de poder colocar em seu barco uma carranca do mestre Francisco Biquiba dy La Fuente Guarany, de Santa Maria da Vitória, cidade localizada a quatorze horas de Salvador que sedia hoje (01/10) a Conferência Territorial de Cultura da Bacia do Rio Corrente, promovida pela Secult com apoio dos dirigentes municipais do território. A habilidade de Francisco Guarany fez com que suas obras fossem levadas em exposição itinerante por todo Brasil. Numa dessas mostras, Carlos Drummond de Andrade ficou impressionado e criou um