mercosul e UE
O entrave brasileiro é o Mercosul, a união aduaneira formada por originalmente pelo Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, com a agregação recente da Venezuela, que não permite que cada membro, individualmente, procure outras alianças sem arrastar os demais. Com a Argentina em frangalhos, tentando proteger sua economia da competição mais abrangente – acordos são vias de mão dupla – nem o bloco e nem o Brasil avançam rumo a novos parceiros preferenciais.
A indústria brasileira que hoje reclama, como na reivindicação recente da Fiesp, que pede para “(o país) se livrar dessa camisa de força formada pela Argentina e Venezuela”, segundo seu diretor Roberto Giannetti da Fonseca, na verdade pouco fez até recentemente para mudar esse quadro. Ficaram acomodadas na proteção do Mercosul, vendendo bem para a Argentina e sem ser incomodadas pela pouca competitividade das empresas de lá.
E os governos brasileiros pouco fizeram, enquanto ganhavam, com essa proteção ao Mercosul, dividendos geopolíticos. Em especial a Era inaugurada pelo presidente Lula, afinado ideologicamente com a Argentina dos Kirchner (Néstor, antes, e Cristina, agora) e depois com bolivarianismo-chavista da Venezuela.
Emblemático, por exemplo, foi o bloqueio do Mercosul à formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), quando os empresários da indústria, particularmente, e o governo evitaram o avanço das negociações propostas pelos Estados Unidos. Temerosos de uma suposta