Mercosul Em Foco
Antes de se fazer a análise do papel Brasil na América Latina através de seu maior expoente de integração regional e mundial – o MERCOSUL (incluindo suas vantagens e desvantagens para o Brasil, suas mazelas e seus potencias) é necessário algumas observações acerca da contextualização do assunto e da visão a ser adotada sobre o tema.
A integração nas Américas, tanto geográfica quanto conceitualmente, se coloca e pode ser analisada como um todo, entre dois EXTREMOS: de um lado, a APEC, Acordo quadro de cooperação econômica da Ásia-Pacífico (Asian-Pacific Economic Cooperation), e de outro, a União Européia, como etapa de atual de implementação do processo de integração na Europa, encetado por meio das três comunidades, desde os anos cinqüenta. Tal integração se dá num contexto pós-guerra fria, com a superação do conflito leste-oeste.
Neste sentido, o MERCOSUL fora criado em um contexto de discussões avançadas que culminaram no tratado de Maastricht, na Europa e no Nafta, na América do Norte. Tal projeto de integração econômica, oferecia ao Brasil, no início dos anos 90, a possibilidade de fortalecer sua capacidade de influência na comunidade internacional. Independentemente de outras motivações, o país acreditou que sua voz se tornaria mais influente do que na condição de país isolado.
A situação atual, por sua vez, é diferente. Ocorre, hoje, ênfase na análise de resultados: a desilusão com relação aos modelos econômicos, que haveriam de ser certos ou errados, se faz em favor dos que dão certo; uns operam, outros não. A empiria domina o mercado, tomando lugar das teorias e dos clássicos das escolas econômicas. Neste mundo selvagem de competição econômica, as praças financeiras como as moedas nacionais mostram a sua fragilidade como a sua adaptabilidade ao paradigma darwiniano da sobrevivência do mais apto. a integração se faz no que passou a privilegiar, por falta de escolha, uma ética de resultados. Cabe, aqui, indagações relacionadas às