Mercantilismo
A primeira fase do mercantilismo, denominada bulionismo, durante a qual a Europa se ressentiu da escassez de outro e prata em lingotes. As políticas bulionistas foram projetadas com a finalidade de atrair para os países que colocaram em prática um fluxo constante de outro e prata e, ao mesmo tempo de preservar o estoque de metais preciosos mediante a proibição de sua exportação. A Espanha foi o país que aplicou as restrições bulionistas durante o maior período de tempo, e que impôs a penalidade mais severa, a morte, para evitar que o ouro e a prata fossem exportados. Entretanto, as necessidades do comércio eram prementes, e as perspectivas de lucro para os que se dedicavam à importação de mercadorias estrangeiras, tão promissoras que, até mesmo na Espanha, os mercadores-capitalistas acabaram conseguindo subornar burocratas corruptos e contrabandear grandes quantidades de lingores para fora do país. Superada a fase bulionista, a política mercantilista adotada pelos governos europeus passou a privilegiar a manutenção de uma balança comercial favorável. Sua finalidade continuava sendo a de maximizar as reservas de ouro e prata existentes no país. Para manter uma balança comercial favorável, os pagamentos em dinheiro recebidos pelo país deveriam superar o fluxo de dinheiro que abandonava o país. Enriquecendo a tesouro do país, ainda que nesse processo fossem inevitáveis certos pagamentos em ouro e prata, para o exterior, o ingresso de metais preciosos fatalmente superaria a saída desses metais. Uma das políticas mais importantes, que visava à ampliação do valor que as exportações e a redução das importações, foi a criação dos monopólios comerciais. Os mercadores ingleses, por exemplo, poderiam vender seus produtos para os estrangeiros, a preços bem mais elevados, se houvesse apenas um negociante oferecendo o produto, ao invés de vários ofertantes forçando a queda dos