Mercado único europeu - Construção
No seguimento da segunda guerra mundial e motivada pelas perdas inestimáveis, o continente europeu viu se forçado a uma política de cooperação entre os estados de forma a retomar o seu tradicional lugar no quadro geopolítico mundial. Dois anos após o termo da guerra, a situação económica da Europa era preocupante: o baixo nível de produção, a insuficiência do obsoleto apetrechamento técnico, a falta de divisas fortes, a fraqueza das trocas e o proteccionismo aduaneiro espalhavam a penúria e a inflação. Neste seguimento, surge uma proposta Americana à Europa (Plano Marshall), uma ajuda maciça e gratuita, mas não desinteressada, se os Estados europeus decidissem cooperar entre si e se entendessem de forma coordenada quanto aos meios de que necessitavam, acordando um programa comum em que participassem muitas se não todas as nações europeias. Criou-se a Organização Europeia de Cooperação Económica (OECE) em 16 de Abril de 1948. Esta organização serviria como tutela a ajuda americana, supervisionando todo o processo.
Para empreender um plano de acção europeu era necessário uma política económica única ou, no mínimo, coordenada, que não pareceu realizável perante a diversidade de princípios políticos dos membros da organização e as respectivas orientações económicas nacionais. Os americanos, contudo, pressionavam no sentido de acelerar a formação de um grande mercado europeu introduzindo um código de liberalização das trocas e uma União Europeia de Pagamentos (convertibilidade das moedas e fim das práticas comerciais bilaterais). A OECE tornar-se-ia uma referência em matéria de cooperação económica, apresentando dois elementos de força: a influência da pareceria franco-britânica e o papel de árbitro dos Estados Unidos. Serviu de embrião para volvidos alguns anos, dar origem a CEE (Comunidade Económica Europeia)
O objectivo