mercado financeiro
== O Programa ==
Com a estabilização da [[moeda]], conseguida com o [[Plano Real]], muitas instituições que dependiam de ganhos [[Inflação|inflacionários]] tiveram dificuldades em manter suas operações: a hiperinflação que existia no [[Brasil]] fez com que o mercado financeiro se especializasse em especular com [[títulos da dívida pública]] ao invés de ser o motor do [[financiamento]] à [[produção]].
Para impedir a contaminação de todo o sistema financeiro, o [[Banco Central do Brasil|Banco Central]] interveio, injetando recursos públicos. Muitos bancos faliram e estão em liquidação extrajudicial. Na época, sete instituições tiveram acesso às linhas de financiamento do programa: [[Banco Nacional]], [[Banco Econômico]], [[Bamerindus]], Mercantil, Banorte, Pontual e Crefisul. Apenas os bancos Pontual e Crefisul não estão mais na lista do BC. O uso de dinheiro público para salvar bancos foi alvo de [[CPI]], mas o governo foi inocentado.
A princípio, foi um mecanismo salutar para a salvaguarda de instituições fragilizadas financeiramente. No entanto, se visto sob outra óptica, com o período inflacionário, inúmeras instituições bancárias e financeiras realizavam desvios monetários, que eram normalmente "acobertados" pela inflação, ou seja, a desvalorização da moeda se processava de forma tão rápida que qualquer valor era quase que imediatamente absorvido, impedindo auditorias de descobrir facilmente tais acontecimentos.
No período de [[1995]] a aproximadamente [[2000]], foram destinados em títulos de longo prazo mais de R$ 30 bilhões a bancos brasileiros, aproximadamente 2,5% do [[PIB]]. A preços de 2005, equivaleria a aproximadamente R$ 44,23 bilhões.
Seguem palavras de José Baía Sobrinho, presidente do [[Banco Pontual]]:
:"''No [[Brasil]], entre [[1995]] e [[1997]], o preço do ajuste alcançou 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), isso já incluindo o caso recente do [[Bamerindus]]. É um [[valor]] bem abaixo do que se registrou em