Mercado de Trabalho
O Novo mundo do Trabalho: Oportunidades e desafios para o Presente
Até pouco tempo, as relações de trabalho eram caracterizadas por meios de contratos formais realizados entre “patrão” e “empregado”; que normalmente se colocavam em polos opostos (com interesses divergentes quando não antagônicos): os sindicatos tendiam a ser fortes e a defender os interesses dos seus associados. Quanto mais tempo o trabalhador ficasse em uma empresa, maiores eram as suas chances de “fazer carreira” e menor a possibilidade de ser rompido do vinculo trabalhista. O perfil do trabalhador médio era constituído por indivíduos do sexo masculino, de baixa escolaridade, formado “no chão de fábrica”, que trabalhava nas indústrias, diretamente nas linhas de produção. Hoje, a situação é bem diferente. O trabalhador da indústria já não é mais dominante, está mais escolarizado, compete com os trabalhadores pelas vagas no mercado de trabalho, não tem a garantia para toda a vida, interessa-se menos pela a associação junto aos sindicatos tradicionais, está submetido à pressão crescentes para aumentar sua produtividade, corre mais riscos de ser desempregado, tem maior possibilidade de negociar seus rendimentos em função do valor que agrega à produção.
Em outras palavras, as noções de trabalho/emprego/segurança social, tratadas quase como sinônimas, mudaram com o passar do tempo, em iteração com a evolução da sociedade e das condições da produção. Assim como mudaram as realidades que se escondem por trás dessas noções. Vários são os fatores que, conjuntamente e em interação, contribuíram para a construção desta nova realidade do trabalho. Entre eles a globalização econômica e a disseminação das inovações tecnológicas e organizacionais; as transformações no papel dos estados; a disseminação do individualismo como valor nas sociedades contemporâneas; e o crescimento da participação feminina no mercado de trabalho. O impacto desses fatores, por sua vez, pode ser