Mercado de trabalho no Brasil terceiriza o
A terceirização é uma realidade incontestável no mercado de trabalho. Transformou-se em fenômeno mundial em fins dos anos 80 e início dos 90, desencadeada pela globalização. Se por um lado alguns defendem o processo, dizendo que ele trouxe mais oportunidades de vagas, os que representam os trabalhadores atestam que a terceirização tem contribuído com a precarização das relações trabalhistas, especialmente no Brasil, onde a falta de uma legislação para regulamentá-la prejudica os que atuam em empresas terceirizadas.
A terceirização é uma realidade no mercado de trabalho. Os que defendem o processo dizem que ele trouxe mais oportunidades de vagas, mas os que representam os trabalhadores atestam que a terceirização tem contribuído com a precarização das relações trabalhistas. Neste momento, um verdadeiro embate tem sido travado, por causa do projeto de lei 4330, do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO).
O movimento sindical agora quer convencer a presidenta Dilma Rousseff a enviar ao Congresso Nacional a proposta das centrais sindicais para regular as terceirizações. O texto, construído pelas centrais em 2009, proíbe a terceirização na atividade principal e deixa clara a definição de atividade-fim; ressalta que a tomadora de serviço é solidariamente responsável pelas obrigações trabalhistas; garante ao terceirizado os direitos firmados em acordo coletivo celebrado pelo sindicato da categoria preponderante da empresa que contrata o serviço.
Problemas da terceirização
A terceirização mudou as relações de trabalho para pior. No Brasil, os trabalhadores terceirizados normalmente têm direitos e benefícios inferiores aos oferecidos pela empresa tomadora (que terceiriza). Muitas vezes fazem jornadas de trabalho maiores e em diversas situações sequer são contratados formalmente.
Segundo estudos do DIEESE, enquanto a média de tempo de emprego dos trabalhadores diretos é de 5,5 anos nas empresas, a dos terceirizados é de 2,5 anos.