Mercado de luxo
Quando pensamos especificamente em mercados e questões econômicas, o temor ‘luxo’ refere-se a “um produto melhor, superior, mais duradouro, mais bem acabado, mais bonito...” (SCHWERINER, 2005, p. 23). Além disso, o luxo relaciona-se com o que é raro, exclusivo, restrito e, consequentemente, de custo mais elevado.
O luxo moderno surgiu no século XVIII, com o desenvolvimento técnico que veio junto com a Revolução Industrial. A evolução desse mercado foi observada por Lipovetsky como uma grande tendência do segmento da moda, no qual além do sentido de acumulação exibicionista de objetos caros, “o que vemos hoje é a atração pelo luxo dos sentidos, do prazer, da sensibilidade sentindo na intimidade por cada indivíduo e não o luxo exterior, da exibição e da opulência, que visa simplesmente demonstrar status” (LIPOVETSKY, 2004). Porém com o tempo, o que era considerado supérfluo, raro e caro pode vir a ser acessível para uma grande camada da população, passando a ser um bem diferenciador de classes.
O luxo, dessa forma, é uma característica da espécie humana. Jorge Forbes afirma, em sua palestra, que “o luxo pode ser definido como algo além da necessidade, mas que não é por isso menos fundamental” (FORBES, 2004). Muito do consumo de bens e serviços ‘premium’ não segue os caminhos da racionalidade, são escolhas emocionais, onde a decisão de consumo é movida pelo desejo, pelo sonho e pela necessidade de pertencer socialmente ou melhorar a auto-estima.
O universo do luxo é extremamente propício para o desenvolvimento e a experimentação de novas tecnologias, que, sendo inicialmente de alto custo e reduzida escala de produção, seriam inacessíveis para o consumidor de menor classe social. Com o tempo, depois de passada a fase inicial de novidade, as tecnologias ganham em custo de escala e passam a ser difundidas em outros segmentos.
A oferta e a procura funcionam numa espiral pelo Novo; nosso sistema econômico é arrastado numa espiral onde a inovação