Mercado de capitais
O movimento das bolsas de valores na atual fase do capitalismo retrata bem as transformações pelas quais o sistema financeiro tem passado.
Há uma separação no mercado financeiro: de um lado, as empresas tradicionais, medidas pelo índice Dow Jones da Bolsa de Nova York. Do outro, a Nasdaq, da mesma instituição e referente às empresas de computadores, informática e telefonia. O índice Dow Jones mede as ações da Velha Economia e o Nasdaq faz o mesmo com as ações da Nova Economia.
Como Velha Economia, entendemos o mercado das empresas tradicionais: indústrias de automóveis, de tabaco, companhias de petróleo, etc.
Mas a grande novidade da globalização é o que chamamos de Nova Economia. De certa forma, a Nova Economia veio alterar profundamente o mundo dos negócios e o mercado de trabalho. Como reúne as empresas de computadores, a Internet e a telefonia, ela é, em última análise, a responsável pelo processo de internacionalização dos mercados, uma vez que forneceu as facilidades tecnológicas para que isso ocorresse. Na Nova Economia, o dinheiro passa de um lugar para outro ao simples toque de um computador. A Internet é a grande "estrela" desse sistema. Ela pode significar maior contato entre as pessoas ou um maior mercado para as empresas.
Entretanto essa mesma Nova Economia, que trouxe inúmeras vantagens, tem o seu lado negativo. Dependentes de alto investimento de capital e de tecnologia de ponta, as facilidades oferecidas por essas empresas se restringem a uma parcela da humanidade. Países pobres não têm acesso a elas, o que aprofunda mais as diferenças entre países subdesenvolvidos e desenvolvidos. Por outro lado, a tecnologia sofisticada extingue postos de trabalho. É a máquina substituindo o homem. Essa situação fica evidente no uso de caixas eletrônicos pêlos bancos, em estacionamentos que dispensam recepcionistas e em ônibus sem a presença de cobradores. Outras vagas são criadas nas empresas da Nova Economia. Porém é preciso