mercado da moda
Na concepção do trabalho do estilista, para além do simples resultado final, uma gama de valores encontra-se envolvida, permeando procedimentos que antecedem a execução do produto de moda. A ação criativa é determinada por processos subjetivos e dinâmicos. Pelo primeiro, entendem-se as experiências pessoais do sujeito criador, sua percepção e maneira de ver as coisas e o mundo que o cerca. Pelo segundo, compreende-se a relação do sujeito com a matéria, que é continuamente transformada para a formação do produto. Neste percurso, o estilista depara-se com os mais diversos conflitos. O processo de criação passa por momentos de desordem e experimentação, seguidos por outros, de organização e planejamento, até a busca da unidade estética de seu trabalho. O estilista produz possibilidades do real com base em suas percepções particulares, na busca da identidade do seu fazer estético. E assim, a moda posiciona-se: [...] como portadora de uma linguagem complexa, que opera descobertas em termos de formas, volumes, cores, que atuam sobre o corpo, redesenhando sua subjetividade.
Na criação de uma coleção de moda, a geração de ideias está na busca de um referencial que conduza a criação (compreendido como inspiração ou conceito), e a ação do estilista é, muitas vezes, comprometida pelas limitações de sua compreensão e entendimento sobre o processo criador e as dúvidas sobre sua própria capacidade criativa. Transformações e mutações de conceitos são aplicáveis, igualmente, ao campo da estética. Enquanto produto do fazer humano, a moda atua como provocadora das sensações