MENTIRA FILOSOFIA

931 palavras 4 páginas
FILOSOFIA DA MENTIRA
Há uma diferença essencial, radical, absoluta entre a mentira e a verdade. Mentir é uma inclinação tão marcante do ser humano falível, contingente que a Bíblia diz claramente: "Todo homem é mentiroso" (Sl. 115,11; Rm. 3,4) É claro que há graus de gravidade a serem analisados, indo o ser pensante desde uma mera imperfeição até a gravíssimos delitos. Existe uma complexidade marcante na falsidade. Multiplicam-se os gêneros de mentira.
Enquanto a verdade é uma vereda reta, luminosa, a leuconiquia é uma rede intrincada. Uma brincadeira não é em si uma mentira, mas pode estar prenhe de falsídia.. É que os circunstantes percebem que se trata de uma facécia. Além disto nem todo aquele que diz algo falso está mentindo, pois pode julgar estar dizendo a verdade. Difícil desatar os nós da mentira.
Agostinho de Hipona escreveu no ano de 395 um tratado sobre este mal intitulado De mendacio - Sobre a mentira. Depois, em 420, escreveu outro Contra mendacium - Contra a mentira. Este filósofo se torna muito atual, pois no seu tempo havia os priscilianos que achavam que podiam ser falso para se defenderem. A boa intenção livraria da culpabilidade. Bem diz o ditado: a História se repete! Dizer a verdade é dizer o que a coisa é. Mentir intrinsecamente é querer enganar, tapear, iludir, burlar, lograr, embaçar, embair. Por isto há uma perversidade inata na mentira que é um ato extremamente negativo. Por isto a mentira nunca, em circunstância alguma, é necessária.
Não há laivos de honestidade na falsidade. Há pessoas que têm prazer em ludibriar os outros. Trata-se de um mal crônico, psicológico que cumpre seja sanado. Neste rol entram os elogios que não correspondem à realidade. Segundo Agostinho de Hipona o erro é o companheiro perfeito da mentira. Ora o erro é sempre indesejável, pernicioso. Portanto, nunca é lícito mentir. Aristóteles na Ética a Nicômaco já defendia este princípio ético. A malícia da mentira está filosoficamente no fato de é uma violação

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