mentes inquietas
Perigos camuflados e atrações fatais…
Existe uma relação bem estreita entre o Distúrbio do Déficit de Atenção e o uso e/ou a dependência de substâncias denominadas “drogas”. Nesse universo tão complexo, nos defrontamos com a triste realidade: pessoas com DDA são mais propensas ao uso de drogas do que outras que não apresentam tal funcionamento mental. Assim podemos concluir que o DDA é uma das grandes causas do abuso de substâncias químicas. Por isso mesmo, é chamado de causa “camuflada” e, como tal, precisa ser rastreada de maneira minuciosa para que um tratamento mais digno e eficaz possa ser oferecido a milhões de pessoas que sofrem angustiadamente, vitimadas por essa combinação explosiva: DDA e DROGAS. Muitos estudos vêm sendo realizados com o intuito de entender os mecanismos psicológicos e biológicos que regem essa relação tão perigosa. Pelo lado psicológico, deparamo-nos com a hipótese da automedicação bem como com as características comportamentais compartilhadas entre DDAs e personalidades predispostas à dependência.
Segundo o autor, Edward Khantzian, as pessoas que usam drogas o fazem com o objetivo de “tratar” sentimentos camuflados ou ocultos de natureza extremamente desconfortável. Assim, a automedicação seria a utilização de substâncias com o objetivo de: melhorar o rendimento, elevar o estado, de humor ou, ainda, minimizar ou mesmo anestesiar sentimentos dolorosos. Em um primeiro momento, ou seja, assim que um DDA inicia seu contato com algum tipo de droga, o efeito da automedicação pode até apresentar-se de maneira eficaz (na verdade, pseudo-eficaz), uma vez que drogas como cafeína, a cocaína ou as anfetaminas fazem com que o DDA consiga concentrar-se, encadear seus pensamentos e dar continuidade às suas tarefas. Já drogas como o álcool, maconha, morfina e derivados, tranquilizantes e heroína proporcionam ao DDA um “anestesiamento” de seus sentimentos e de sua habitual ansiedade.
Assim, pode-se concluir que,