Mente sã
Para responder a seguinte pergunta temos que compreender as três posições da natureza da mente. O Dualismo que defende a tese de que a distinção entre mente e corpo, o Monismo que defende a tese da identidade entre mente e corpo, e vice versa, tendo como idéia de que tanto corpo como mente são a mesma coisa e o Epifenomenalista defende a tese de que a mente se superioriza sobre o corpo.
Dualismo
No mais profundo da natureza ontológica do ser humano radica a inevitável distinção entre substância física e substância não física, consubstanciada no binômio corpo/mente. Este dualismo, necessário para explicarmos porque sentimos o que sentimos quando poderíamos não sentir nada, é uma das questões mais fascinantes e complicadas que tem vindo a ocupar inúmeras páginas de livros e horas de discussão, na incessante procura de uma resposta satisfatória. Se, por um lado, as leis e propriedades do domínio físico parecem insuficientes para explicar o comportamento da nossa mente, por outro, contemplamos maravilhados a complexa e alucinante concordância entre aquilo que experienciamos e aquilo que o nosso cérebro nos diz que experienciamos. Exemplificando esta relação concordante, consideremos a seguinte situação: quando cheiramos uma laranja, sentimos exatamente o cheiro de uma laranja. E porque não o cheiro de um limão? Quer-me parecer oportuno, neste momento, introduzir mais uma questão para reflexão. Admitindo que tudo tenha uma explicação num universo estritamente físico, como entender a sensação subjetiva? Na verdade, a distinção entre o verdadeiramente físico e a consciência parece estar ligada a uma meticulosa ação do Criador, que não encontra melhor exemplo do que a distinção cartesiana de res cogitans e res extensa. Diz Descartes:
Por um lado tenho uma idéia clara e distinta de mim mesmo, na medida em que sou apenas uma coisa pensante não-extensa; e, por outro lado, tenho uma idéia clara e distinta do corpo, na medida em que é