Mente, corpo e ambiente versus vida saudável
Saúde e doença sempre foram preocupações indispensáveis na vida dos seres humanos. Na antiguidade, consideravam vida e morte mistérios ligados à crenças onde magia e rituais sobrenaturais eram as práticas utilizadas para alcançar a cura. Uma vida com saúde era unicamente aquela vivida de acordo com a imposição de algo desconhecido e indiscutível, sendo a fé a única opção para qualquer tratamento de alguma doença. Temos neste caso, uma interferência direta do meio na saúde do sujeito e naquele momento uma explicação universal para o entendimento do que seria uma vida sem patologias.
A medicina separou a doença e a cura do pensamento religioso, que considerava o adoecer fruto das forças do mal neutralizadas por entidades superiores. Hoje, o sobrenatural não é a única resposta para cura de doenças físicas, e mesmo havendo um pouco dessa herança cultural e histórica, ampliamos nossos conhecimentos. Esta medicina “autônoma” foi possível com uma mudança progressiva da consciência humana e das organizações sociais.
Na atualidade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (ALMONDES, 2006), saúde não é apenas ausência de doença, e sim o bem-estar completo, físico, mental e social, relacionando também o espaço que o indivíduo habita incluindo atuações governamentais, entre elas, o direito às necessidades básicas garantidas, como saneamento básico, alimentação e outros.
O que é necessário para conceituar saúde? Uma mente saudável é garantia de corpo são? A vida social, a história individual e nossa personalidade influenciam em nossas condições fisiológicas?
O estudo em questão objetiva compreender a nova concepção de saúde que unifica o homem como um ser biopsicossocial, através da análise de situações que comprovam a necessidade desta completude, reconhecendo-se que, no que se refere a uma vida saudável, deve-se considerar influências do corpo, mente e ambiente.
1. Mente, Corpo e Ambiente versus