MENSURAÇÃO A CRIAÇÃO DE VALORES NA GESTÃO PÚBLICA
No final do Séc. XX barreiras intransponíveis, causadas por duas Guerras Mundiais, deram espaço a uma “Rebelião Fiscal Silenciosa”, que fez crescer em muitos países a sonegação e a economia informal, diz Drucker, 1991. O Estado passou a reconhecer os seus limites fiscais e de endividamento, tendo que selecionar atividades a partir de recursos escassos. Essa nova realidade se manifesta, tanto na desconfiança diante das ineficiências da administração pública tradicional como em exigências sempre maiores de que os serviços proporcionados pelo governo à sociedade sejam otimizados em relação aos recursos que consomem.
Foi neste contexto, que no mesmo século emergiu a postura do Governo Empreendedor em oposição ao governo burocrático tradicional. A gestão burocrática teve grande sucesso desde a Revolução Industrial ao substituir o governo das famílias reais e da nobreza por uma administração baseada na impessoalidade, profissionalismo e racionalidade técnica. Após a II Guerra, devido à necessidade de mudanças aceleradas este modelo burocrático passou a ser reconhecido como um “governo lento, ineficiente e impessoal”, sem viabilizar os problemas reais da sociedade.
Já o “governo catalisador” de Osborne & Gaebler (id. pp. 26-50), não pretende controlar a economia, possuir empresas ou concentrar-se no “fazer” em ampla escala, mas sim estimular a ação e a parceria da sociedade, ou seja, “governo empreendedor” que se caracteriza, por ser um governo que “pertence à comunidade, dando responsabilidade ao cidadão em vez de servi-lo” (Osborne & Gaebler, 1995, pp. 51-80).
A eficácia do governo empreendedor, justamente por serem escassos os seus recursos orçamentários, centra-se na transparência de um “governo competitivo, que introduz a competição na prestação de serviços”. A adoção de critérios de desempenho e de obtenção de resultados por parte da nova postura da gestão pública empreendedora, envolve à mensuração de