Meninos em situação de rua
A noção que temos hoje de infância, nem sempre existiu, durante muito tempo as crianças foram marginalizadas, discriminadas e exploradas, eram vista como adultos em miniatura, tinham valor puramente social, não havia relação de amor e afeto.
Da mesma forma isso acontece com as crianças em situação de rua, que se tornaram sinônimos na maioria das vezes de sujeitos à exploração, a violência, ao abuso e alimentação precária, sem atenção, carinho e educação, “As crianças são freqüentemente castigadas, esfoliadas, saqueada, maltrapilhas, desconfiadas, pois aprenderam duras penas.” (ZENI, 1986, p.23, apud ANDRADE, 2003, p.13), é assim que vivem meninos e meninas de ruas, ou seja, sem nenhuma proteção.
Desta maneira as crianças em situação de rua abrangem no contexto atual, uma grande parcela dos excluídos da sociedade, onde são recriminados e rotulados de “criminosos”. Estas crianças são expostas a todo instante a um ambiente de hostilidades, violência, prostituição, abuso, trabalho infanto-juvenil e principalmente desigualdades.
Vale salientar a importância do assunto para a sociedade apesar de estar sempre vinculada direta ou indiretamente na vida dos meninos e meninas de rua, age como se não tivesse nenhuma parcela de contribuição para essa circunstância.
Diante dessas questões, será que o viver na rua é prejudicial, ou retarda o desenvolvimento psicológico, devido às experiências presenciadas por estas crianças, ou a rua possibilita vivências cumulativas que promovem o desenvolvimento? Esta problemática irá discutir todo o fato vinculado a esta parcela de crianças excluídas da sociedade.
É certo que esses aspectos vêm sendo objeto de interesse da psicologia, sob diferentes enfoques, principalmente dentro da psicologia do desenvolvimento, ressaltando assim a importância dessa temática, para que se tenha conhecimento mais detalhado acerca da representação destas crianças, e assim chegar ao final do trabalho com uma bagagem de pesquisa teórico-prática,