Meningite Bacteriana e Viral
As meninges que revestem o cérebro e a medula espinal são a dura máter, a aracnoide máter e a pia máter; entre a aracnoide máter e a pia máter tem um espaço, o subaracnoide que contém, num adulto, 100 a 160 ml de fluído cerebrospinal (CSF) ou líquido cefalorraquidiano circulando; os baixos níveis de complemento e de anticorpos circulantes e poucas células fagocíticas fazem com que o CSF fique vulnerável à multiplicação de patógenos. O tropismo desses microrganismos pelas meninges provoca a invasão dos tecidos epiteliais e endoteliais chegando à corrente sanguínea e ao sistema linfático, causando inflamação das meninges. O processo inflamatório das meninges é chamado de meningite. Meningite pode ser causada por diferentes patógenos incluindo bactérias, vírus, fungos e protozoários, que convivem normalmente com um hospedeiro saudável na sua parte nasofaringea. Os três patógenos bacterianos mais comuns que invadem o líquido cefalorraquidiano são Haemophilus influenzae, Nisseria meningitidis e o Streptococcus pneumoniae que, quando entram na corrente sanguínea se replicam facilmente porque são bactérias gram-negativas com um importante fator de patogenicidade – uma cápsula de polissacarídeo. Os patógenos virais são os poliovirus, coxsackie e ecovirus, grupo dos enterovirus. Das meningites, a bacteriana é a mais agressiva e responsável por maior número de mortes se não tratadas precocemente, provavelmente devido ao choque e à inflamação causados pela liberação de endotoxinas dos patógenos gram-negativos ou pela liberação de fragmentos da parede celular (peptideoglicanos e ácido teicoico) das bactérias gram-positivas, mas se por ventura o doente sobreviver poderá ainda sofrer de algum dano neurológico. Já as meningites virais apesar de mais frequentes costumam ser mais brandas e com recuperação completa do doente.
Meningite por Haemophilus influenzae
Meningite por Haemophilus influenzae, referida pelo acrônimo Hib, é uma