Mendigos nas eleições
Ora, tirando (colocando?) uma ou duas palavras está formado o conceito de candidato a vereador. Nunca se viu tantos “mendigos” na cidade como nesta eleição. Alguns vão de casa em casa, com um sorriso no rosto e amor no coração. Pessoas que antes te viam na rua e contornavam o rosto; hoje, estão aí, na sua porta, chamando-o de amigo.
E os argumentos pioram a cada eleição, por isso tomei a liberdade de eleger os cinco melhores (ou piores):
1º - “Eu estou precisando da sua ajuda, você sabe que te considero muito e quero fechar um acordo com sua família”.
2º - “Você quer um milheiro de telhas ou um milheiro de tijolos?”.
3º - “Seus filhos votam aqui e moram fora? Pode deixar que eu pago as passagens, faço questão!”.
4º - “Te dou 50 reais!”.
5º - “Te dou um litro de pinga!”.
Existem mais argumentos "arrebatadores", porém estes são alguns dos mais citados.
Enfim, não deveria haver essa mendicância de votos, quem deve ter interesse é o eleitor no candidato, não o candidato no eleitor. Aqui, faz-se o contrário: nas eleições o candidato tem interesse no cidadão, depois de eleito, o cidadão que vai atrás, desesperado, buscando saúde, educação e etc. O eleitor deveria se sentir atraído pelas propostas do candidato e outros atributos como: competência, conhecimento, integridade e idoneidade moral. Aceitar “argumentos” rudes como os citados acima fará do eleitor um saltimbanco, pois além de estar vendendo seu voto, estará vendendo sua dignidade e a sua moral.
Mendigos não devem concorrer a cargos eletivos, pois não estão preparados. Se alguém chegar na sua casa, mendigando votos, dizendo que precisa de ajuda – dê arroz, feijão, ofereça uma refeição, mas nunca, jamais, seu