Memórias Póstumas de Brás Cubas
Uma das características das bases é seu sabor adstringente, que “amarra” a boca. Naturalmente, esse não é um bom método para identificar uma base, por ser extremamente perigoso.
Se entrarmos em uma caverna e sentirmos cheiro de amônia, podemos afirmar que tal caverna é habitada por morcegos. A amônia — única base volátil — é liberada das excreções desses animais.
A primeira definição de base (também chamada álcali) foi dada por Arrhenius:
Base é toda substância que, em solução aquosa, sofre dissociação, liberando como único tipo de ânion o OH–.
NOMENCLATURA DAS BASES
Para a nomenclatura das bases, pode-se utilizar a seguinte regra:
Quando um mesmo elemento forma cátions com diferentes eletrovalências (cargas) acrescenta-se ao final do nome, em algarismos romanos, o número da carga do íon. Outra maneira de dar nome é acrescentar o sufixo -oso ao íon de menor carga, e -ico ao íon de maior carga.
CLASSIFICAÇÃO DAS BASES
As bases podem ser classificadas segundo três critérios:
Número de hidroxilas Em função do número de grupos OH– liberados por fórmula, as bases podem ser classificadas como:
Solubilidade em água
O esquema a seguir mostra a variação genérica da solubilidade das bases em água.
A única base que não apresenta metal em sua fórmula é o hidróxido de amônio (NH4OH), que existe apenas em solução aquosa e, portanto, é uma base solúvel. O hidróxido de amônio pode ser obtido borbulhando-se gás amônia (NH3) em água, onde ocorre a ionização do gás.
Observação:
As bases Be(OH)2 e Mg(OH)2, por apresentarem solubilidade muito pequena, são consideradas praticamente insolúveis.
A força ou o grau de dissociação
A força das bases pode ser relacionada com a sua solubilidade: quanto maior for a solubilidade de uma base, maior será o seu grau de dissociação e ela será considerada uma base forte. No entanto, se a base for pouco solúvel, o seu grau de dissociação será menor e ela será considerada fraca.
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