Memória da África
O autor tem como ponto inicial a evolução dos representantes da raça Homo no continente africano. Foi nesse ambiente de extensões continentais que o ser humano surgiu, bem como, as primeiras experiências sociais, religiosas, noções tecnológicas, familiares, entre tantos outros. Tais processos transformaram a África no berço das mais cruciais criações e aprimoramentos, sendo assim, o berço da humanidade. Partindo da África, o Homo sapiens sapiens migrou para outros territórios, desconsiderando os obstáculos impostos pela natureza. Esses deslocamentos foram necessários por influência dos fatores ambientais e por peculiares fantasias da sua mente. Não houve nada os obrigando a seguir sempre em frente, de tal modo que, muitos desses deslocamentos além de externos, foram internos ao continente africano. Esses movimentos internos tomaram proporções continentais, que são repercutidas na vida e na cultura de alguns países até os dias atuais. Os deslocamentos foram os modos pelos quais ocorreram os intercâmbios culturais e étnicos presentes na África, tornando-a uma combinação de fatores históricos, sociais e culturais. Externamente a África, o autor relata a migração rumo ao Oriente Médio e do Sul da Europa, levando para essas regiões sua tecnologia e sua marca genética. É importante ressaltar que, o comércio tanto de curta ou longa distância, esteve presente na sociedade africana. Possuindo várias trilhas, que permitiram o trânsito cultural, a África constituiu fusões culturais de todos os tipos. A imagem do continente africano foi desenvolvida menosprezando suas diferenças étnicas, linguísticas, religiosas, e culturais. Com tudo, a África foi afastada de suas particularidades para incorporar um regime de estereótipos, sendo vista como um continente