Memória da educação escolar no brasil contemporâneo
De inicio, podemos admitir que o homem seja um ser histórico, já que suas ações e pensamentos mudam no tempo, á medida que enfrenta os problemas não só da vida coletiva, como também da experiência pessoal. A história é a interpretação da ação transformadora do homem no tempo. A pedagogia é a teoria crítica da educação, isto é, da ação do homem quando transmite ou modifica a herança cultural. O trabalho que seria a ação transformadora do homem sobre a natureza, modifica também a maneira de pensar, agir e sentir, de modo que nunca permanecemos os mesmos ao fim de uma atividade, qualquer que ela seja. É nesse sentido que dizemos que, pelo trabalho, o homem se autoproduz, ao mesmo tempo que produz sua própria cultura. Se o homem é o resultado por esse processo pelo qual constrói a cultura e a si próprio, é impossível pensar em uma natureza humana com características universais e eternas. Na realidade, não há um conceito de “homem universal” que sirva de modelo para os educadores. Melhor seria referirmo-nos a uma condição humana, resultante do conjunto das relações sociais, que se transformam no decorrer do tempo. Ou seja, não compreendemos o homem fora de sua prática social, porque esta, por sua vez, se encontra mergulhada em um contexto histórico-social concreto. Portanto, vimos que através do trabalho, o homem atua sobre o mundo transformando-o. Cada geração assimila a herança cultural dos antepassados, ao mesmo tempo em que estabelece projetos de mudança. Ou seja, o homem se insere no tempo: o presente humano não se esgota na ação que realiza, mas adquire sentido pelo passado e pelo futuro. Pensar o passado não deve ser visto como exercício de saudosismo, mera curiosidade ou erudição. O passado não está morto, porque nele se fundam as raízes do presente. É compreendendo o passado que podemos dar sentido ao presente e projetar o futuro. Contudo, queremos dizer que, de