memorial
Lá na creche nas horas do lanche, lembro –me, que as professoras ensinavam a fazer as orações do pai- nosso e cantar uma música infantil “meu lanchinho, vou comer, pra ficar fortinho e crescer”.
E também tínhamos o dia do brinquedo. Minha mãe NUNCA deixava eu levar minhas bonecas por medo de estragar, então eu brincava com minha blusa (casaco) fazia um escândalo quando chegava, e outro quando saia. Lembro também que, minha mãe prendia o meu cabelo no centro da cabeça (fazendo o coqueirinho) e quando ela me deixava na creche eu os soltava, quando via que estava quase na hora dela vir me pegar eu os prendia novamente.
Sempre quando ia brincar com os brinquedos educativos, gostava de brincar sozinha sem ajuda de ninguém. Tinha uma melhor amiga que se chamava Aline, e um melhor amigo que se chamava Daniel. Eles foram importantes para mim até a 4ª série brincávamos sempre juntos. A minha maior dificuldade da época era entender que, crianças poderiam sim crescer sem pai. Porém, quando chegava no mês de agosto as professoras mandavam fazer lembrancinhas para comemorar os dias dos pais. E isso era quase uma tortura pra mim. Pois, na minha cabeça não conseguia entender por que só eu não tinha pai. Isso que já havia feito 2 anos de sua perda total. É que antes dele falecer meus pais se separaram e eu sempre via muita coisa feia. SEMPRE guardei os trabalhinhos dos dias dos pais.
Quando fui para a 1ª série, o problema com a ausência do meu pai continua, porém agora eu ia ganhar um irmãozinho e de repente eu deixei de ser a bebê da casa (isso era o que passava na