memorial pindorama
A origem histórico-cultural do Brasil é fundamentada em choques e em antropofagias, literais e figurativas. Uma epopéia européia mal desviada de sua original rota, que leva portugueses a desbravarem terras dominadas por Tupã e uma raça subsistente, detentora de conhecimentos de tubérculos e ervas sagradas, os índios. O choque de diferentes padrões de vida e ideologias começam a esboçar um Brasil que vemos até hoje, que luta pela autenticidade de sua cultura, de forma que esta não seja subjugada por estandartes soberanos, mas o encontro do português dominando o índio foi só um dos fatores que geraram coesão e identidade ao Brasil.
Com a chegada de muitos navios negreiros na colônia, que logo virou refúgio de toda Coroa Portuguesa, surgem mais miscigenações no povo brasileiro, a diversidade culinária e religiosa expande consideravelmente, a arte fica cada vez mais rica, tentando mascarar verdadeiros ideais das minorias oprimidas, como templos yorubás escondidos em uma fachada de igreja católica como uma forma de preservar certas identidades oprimidas pelos “patrões” do Brasil.
O Brasil, que nada mais é que uma colcha de retalhos de mil nações, cada uma deixando uma característica, um sotaque, um prato, uma dança, cada um deixando seu “axé” para que possa existir o Brasil que vemos hoje. Infelizmente, mesmo com tanta heterogenia e diversidade étnico-cultural, ainda conseguimos ver o preconceito e a ignorância incrustados na população, o ode a ojeriza a certas raças e povos ainda existe até hoje no Brasil.
Assim como vemos um caleidoscópio de raças e cores pelas ruas do Brasil, também podemos ouvi-lo soando com diferentes timbres e achaques