Memorial do convento - resumo
D. João V está casado com D. Maria Ana Josefa há mais de dois anos, mas ela ainda não engravidou. A rainha reza novenas e, duas vezes por semana, recebe o rei em seus aposentos.É preciso dizer aqui que o rei, quando ambos se casaram, dormia com ela todos os dias, mas resolveu separar os aposentos por causa de um cobertor de penas de ganso que trouxe ela da Áustria, e, com o passar do tempos, somando-se a ele humores de ambos, passou a ter cheiro insuportável.O rei não fez ainda 22 anos e monta, para se distrair e porque gosta, a réplica da Basílica de S. Pedro.
Mas, "O cântaro está à espera da fonte." metáfora para definir que a rainha está à espera do rei como se fora um vaso onde ele depositará seu sucessor. E para os aposentos da rainha o rei se dirige, mas , como se fosse um apresentador, o narrador nos informa que chegou ao castelo D. Nuno da Cunha, bispo inquisidor, e traz consigo um franciscano velho. Afirma o bispo que o frei Antônio de São José assegurou que se o rei se dignasse a construir um convento em Mafra, teria descendência:Enquanto isso, a rainha conversa com a marquesa de Unhão, rezam jaculatórias e proferem nomes de santos. Saído o bispo e o frei, o rei se anuncia D. Maria tem que "guardar o choco", a conselho dos médicos e murmura orações, pedindo ao menos um filho que seja. Sonha com o infante D. Francisco, seu cunhado e dorme em paz. Em paz? Os percevejos, mal cessam as mexidas no colchão real, "começam a sair das fendas, dos refegos, e se deixam cair do alto do dossel, assim tornando mais rápida a viagem."D. João também sonhará esta noite, em seu quarto. Sonhará com seus descendentes, com o filho que poderá advir da promessa da construção do convento de Mafra. Um convento, conforme disse frei Antônio de S. José, só para franciscanos...Frei Miguel da Anunciação morreu de tifo ( ou febre tifóide) e seu corpo exalou, durante três dias, nas cerimônias, um suavíssimo cheiro: "(...) se vivo fizera caridades, defunto