Memorial do Convento - Cap. 16
Este capítulo começa com uma forte crítica à forma com se faz justiça, uma vez que quem têm poder e riqueza é sempre sobreposto àqueles que vivem na miséria. A passarola está pronta a voar. Em São Sebastião da Pedreira, Baltasar e Blimunda têm que deixar a quinta que foi perdida pelo rei para o Duque de Aveiro. O Padre Bartolomeu aguarda a visita do Rei para testar a máquina e quer dividir a glória da construção da passarola com os seus dois ajudantes. No entanto, e apesar do apoio do Rei, o Padre teme ser acusado de feitiçaria e de ser judeu.
O tempo vai passando, mas D. João V não chega. Já é Outono, o que não é favorável pois a passarola precisa de sol para que possa levantar voo. Certo dia, o Padre Bartolomeu aparece junto da passarola, pálido e assustado, anunciando que têm que fugir, já que o Santo Ofício o procura. O Padre pede assim auxílio ao Anjo Custódio e a passarola faz assim o seu voo de batismo, sem destino certo. Ao cair da noite, a passarola começa a perder altitude, devido à ausência de sol. Blimunda, com toda a sua inspiração, consegue controlar a máquina, com a ajuda de Baltasar, evitando o pior, para alívio do Padre. Conseguem, assim, chegar a terra firme sem qualquer ferimento, o que é um verdadeiro milagre.
O Padre continua com medo da Inquisição os encontre. No entanto, e mesmo sem saber onde estão, Blimunda e Baltasar acreditam que se sobreviveram àquela queda, sobreviverão a qualquer coisa. O padre Bartolomeu tenta pegar fogo à passarola, mas é impedido pelos dois. Depois disto foge e nunca mais é visto. Com medo que a passarola seja descoberta, Baltasar e Blimunda cobrem-na com ramos e partem para Mafra, onde chegam dois dias depois e têm uma excelente vista do convento.
Personagens
Blimunda de Jesus
É uma personagem principal, dado que possui um papel central na história e contribui para o desenvolvimento da mesma.
Quanto à composição, é uma personagem modelada, dado