MEMORIAL DESCRITIVO
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O projeto para a sede paulistana do Instituto Moreira Salles propõe um edifício austero, simples, de construção econômica e que evita monumentalizar-se através da elaboração formal ou auto-expressão. O edifício proposto opta deliberadamente por estabelecer sutis relações com o espaço urbano, sempre através de aberturas controladas que se intercalam aos percursos expositivos com caráter introspectivo, estabelecendo alternâncias entre espaços de concentração e fruição das obras de arte, e intervalos que revelam visadas inesperadas da metrópole nos espaços de circulação e conexão entre exposições. Apresenta ainda variadas articulações espaciais internas a reforçar sua função de suporte e contenedor das atividades e da vida cultural que ali se desenvolverá. Busca qualificar os espaços internos para os diferentes usos, reforçando seu caráter público e promovendo uma grande abertura à sua ocupação futura. Para tanto, a indeterminação de usos, o design universal e a possibilidade de transformação de seus espaços conforme as variadas demandas institucionais e curatoriais que se apresentarão ao longo da vida do edifício constituem-se em fundamentos para o projeto.
AS POTENCIALIDADES DO LUGAR E O PARTIDO ADOTADO
A proposta busca inicialmente compreender as potencialidades geradas pela adoção obrigatória de um partido arquitetônico verticalizado, dadas as dimensões do lote e as restrições impostas pela legislação urbana. Isso se dá através de uma cuidadosa distribuição das atividades solicitadas pelo Instituto em uma seqüência que começa pelos espaços mais públicos, localizados nos primeiros pavimentos, e que vai gradativamente se tornando menos aberta até as atividades mais resguardadas, localizadas nos níveis superiores. A gradação crescente de níveis de privacidade, as articulações verticais propostas e as possibilidades de interações visuais entre os