Melp II - Roland Barthes - O prazer do Texto

1. Biobibliografia
1.1. Nascimento e Morte

Roland Barthes nasceu em Cherbourg, em França em 1915 e morre em Paris a 26 de Março de 1980.
No auge da fama, Barthes morre, atropelado por uma camioneta, em frente ao Collége de France, escola onde leccionava desde 1977 e onde ministrou quatro cursos anuais: como viver junto; o neutro; e a preparação do romance 1 e 2. O seu último livro Camara Clara, um ensaio sobre fotografia, é uma meditação sobre a vida e a morte e foi editado postumamente no mesmo ano da sua morte. O noema, a marca profunda da fotografia é “isso-foi”, isso está morto. Mero acaso ou premonição. A morte é o eidos da fotografia.
A sua carreira intelectual foi atípica. Sofrendo de tuberculose e tendo várias recaídas, começa a sua carreira como professor no estrangeiro e passa grande parte do tempo da segunda guerra (1940-45) em sanatórios. 1.2. Formações-base

Formou-se em Letras Clássicas em 1939 e em Filosofia e Gramática em 1943 na Universidade de Paris e inicia-se nos anos 1950 como ensaísta literário, fazendo parte da escola estruturalista de influência do linguista Ferdinand de Saussure, é uma voz crítica dos conceitos teóricos que são dominantes nos centros educativos franceses nos anos 50. Como crítico de teatro e autor de outras crónicas sobre os mitos da sociedade francesa da época (Mitologias), R.Barthes torna-se uma das principais figuras do pensamento francês. Entre 1952/53 é orientador de pesquisas na Escola Prática de Altos Estudos em Ciências sociais e notabiliza-se como um dos representantes mais reconhecidos do estruturalismo francês. Elemento de semiologia, crítica e verdade e sistema de moda, são obras deste período.
Na década de 1970, R.Barthes abandona o projecto semiológico e o pensamento estruturalista iniciando uma nova fase de escrita, vincadamente pessoal que se caracteriza pela aliança da inteligência crítica com a sensualidade verbal. Ingressando no Collége de France em 1577, a sua aula “O saber com sabor” é a