Melodia
Melodia
1 Teoria da melodia
É um fato espantoso que o ensino em composição nunca desenvolveu uma teoria da melodia. Todo estudante (de música) aprende harmonia, e a partir do ensino teórico tradicional alguém poderia pensar que o manuseio do material tonal depende principalmente do conhecimento de acontecimentos [facts] harmônicos. Entretanto todos sabem que ritmo e melodia formam partes, no mínimo, igualmente importantes na estrutura musical, assim como eles são, sem duvida, os elementos mais fundamentais. O apelo direto aos sentidos produzidos por uma sequência rítmica e um formato [curve] de uma linha melódica são mais fáceis de serem lembradas por um ouvinte leigo [naive] do que a diferença de tensão entre acordes [harmonies] justapostas. O território da harmonia já foi explorado de ponta a ponta, enquanto o ritmo, como eu já mencionei, escapou de todas tentativas de estuda-lo sistematicamente. A melodia, embora nenhuma teoria melódica definitiva tenha sido desenvolvida, não foi inteiramente ignorada na teoria musical. O estudo do contraponto começa com a construção das melodias mais simples e assim se estabelece como o primeiro complemento ao estudo da harmonia. Mas, infelizmente ele (o contraponto) não segue os primeiros passos da melodia. Ao invés de uma investigação sistemática do fenômeno melódico, de uma introdução á escrita musical a partir do ponto de vista de movimentação dos graus [tones] ele resume-se a uma maior ou menor configuração [figuration] distinta de progressão de acordes construída sobre as regras da harmonia. O resultado desse estudo, que não vai além dos primeiros passos, são encontradas no cantus firmi, do qual o seguinte é um exemplo:
Essa pequena sequência melódica é calma [still], devido a sua estrutura firme e sua personalidade indiferente [cool], excelente modelo de formação melódica primitiva (uma vez que são boas melodias e não apenas uma fórmula fúnebre e sem caráter de contraponto acadêmico) e são úteis até