Melhoramento Genético de Tilápia
Bruna de Paula Dias1
1 Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (Ces/Jf) – Rua: Av. Luz Interior, 345, Estrela Sul, Juiz de Fora, MG. bdiascmt@yahoo.com.br
RESUMO - A demanda mundial pela carne de peixe tem crescido, o que torna o melhoramento genético uma ferramenta essencial para que se otimize os sistemas de produção. A tilápia vem sendo o holofote do mundo e sendo cada vez mais produzida no Brasil e introduzida em programas de melhoramento genético, principalmente por apresentar um rápido crescimento e uma carne de excelente qualidade. Dessa forma, o presente trabalho tem por objetivo realizar uma revisão de literatura sobre o melhoramento genético da tilápia, mostrando os resultados que vem sendo obtidos.
Palavras-chave: aquicultura, ganhos genéticos, seleção
Introdução
O Brasil, detentor de 13% das reservas de água doce do mundo, possui um enorme potencial de desenvolvimento para a aquicultura, particularmente considerando que a maior biodiversidade de peixes de água doce encontra-se no país (Borghetti et al., 2003). A aquicultura, em 2006, produziu mundialmente 66,7 milhões de toneladas dos quais os peixes correspondem a 48,8% do total, produzindo 32,6 milhões de toneladas (FAO, 2008). Dentre os grupos de peixes da aquicultura, a tilápia (Oreochromis spp) é o segundo maior grupo de peixes, com produção de 210.000 t/ano (Kubitza, 2013).
Originária da África, a tilápia passou a ser utilizada como uma cultura para produção com destino a industrialização e comercialização há apenas 50 anos passando a conquistar cada vez mais os principais mercados mundiais (Vannuccini, 1998). Esse grupo se destaca por apresentar excelentes qualidade para o cultivo devido ao seu rápido crescimento, rusticidade, carne de excelente qualidade com boa aceitação no mercado e boa conversão alimentar (Righetti et al., 2011).
No Brasil, a tilápia foi introduzida em 1971 e distribuída pelo país, sendo cultivada desde a bacia