Melhoramento genético de espécies tropicais
Prof. Dr. Reginaldo Brito da Costa
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Programa de Mestrado em Ciências Florestais e Ambientais. Avenida Fernando Corrêa da Costa, 2367, Boa Esperança, Cuiabá-MT. CEP 78060-900. E-mail: reg.brito.costa@gmail.com
Introdução
O melhoramento genético de espécies florestais é uma ciência relativamente nova, com desenvolvimento mais expressivo a partir de 1950. As primeiras espécies a serem melhoradas em larga escala foram, provavelmente, Pinus elliottii e Pinus taeda, nos Estados Unidos e Acacia mearnsii (Acácia negra), na África do Sul (RESENDE, 1999a). Há que se ressaltar a introdução no Brasil em 1903, do gênero Eucalyptus para a produção de dormentes para estradas de ferro por Navarro de Andrade.
Com base no referido autor, em sua forma mais comum, o melhoramento florestal se dá através da seleção de indivíduos superiores identificados em plantações comerciais ou áreas de vegetação nativas, nas quais sementes podem ser coletadas ou as matrizes podem ser vegetativamente multiplicadas e estabelecidas em delineamento adequado para a comprovação de sua superioridade genética, produção de sementes ou para a propagação comercial. A comprovação de que indivíduos selecionados são geneticamente superiores pode ser realizada através da implantação de testes de progênies ou de testes clonais.
Na área florestal, existem basicamente três formas de multiplicação vegetativa dos indivíduos selecionados: estaquia, método de propagação vegetativa por enraizamento de estacas; enxertia, união de partes de indivíduos através de seus tecidos, de modo que ocorra o crescimento vegetativo e; micropopagação, cultura de tecidos. A escolha do método depende da finalidade da multiplicação e da fisiologia da espécie com a qual se está trabalhado.
A seleção dentro de famílias é realizada através de cálculos que utilizam o desvio do valor individual em relação à média da família no bloco.