Tem muita gente realmente interessada em fazer um grande bem para o mundo. É bonito de ver os esforços, a luta de quem já despertou para a realidade de que ninguém é uma ilha isolada, e de que a melhoria de cada um está ligada com a melhoria de todos. Tem muitas obras bonitas, de ajudar os pobres, de educar crianças, de ensinar o Evangelho, de tudo que é jeito. Tem outras que agem em outro nível, publicando livros, falando na televisão, investindo no potencial humano através da capacitação profissional. Mas eu vou falar uma coisa pra vocês: a maior e a melhor obra que vocês podem fazer pela melhoria do mundo não é social, institucional, econômica. A melhor obra em favor da melhoria do mundo é trabalhar na melhoria de si mesmo. O resto é muito bonito, mas, embora favoreça alguns, em termos de Humanidade, é como chover no molhado. Eu sei que vocês acham que o problema do mundo é a fome, a violência, o desemprego e a doença. Mas o problema mais grave do mundo é a própria ignorância do homem acerca do seu real propósito. Isso é que corrói as melhores intenções, anula os maiores empenhos, porque os sentimentos mesquinhos, o egoísmo, acabam sendo mais fortes, porque eles ainda são maiores que o amor e o desprendimento no coração das pessoas. Enquanto o interesse próprio for o azeite que engraxa a engrenagem do mundo, continuará a existir fome, guerra, doença e todo tipo de desgraça. Enquanto não surgir o respeito humano por todas as criaturas, que só pode nascer da consciência da espiritualidade do homem e da paternidade universal de Deus, tudo ainda ficará como está e nós continuaremos arrecadando mantimentos e fazendo comida para pobres sem fim, curando chagas sem fim, porque a miséria material e moral continuará existindo. O mundo só será melhor quando for feito de espíritos melhores. E como nenhum espírito melhora o outro, mas somente cada espírito melhora a si mesmo, eis a grande obra de cada um, o grande desafio diário para nossas vidas: sermos