Melhor idade

A melhor idade, a melhor viagem
Parece que eles têm “rodinhas nos pés”, é um baile aqui, uma viagem ali, mostras culturais, cinema, uma infinidade de atividades e eles estão sempre marcando presença. A terceira idade está com tudo.
Os idosos representam 14% da população, segundo uma pesquisa realizada pela Quoron Brasil, que também revela que mais da metade dos entrevistados querem viajar e conhecer muitos lugares tanto no país quanto no exterior. Os irmãos Maria Elisabeth Giordão e Dancaherte Ferreira da Silva estão nessa porcentagem.
Aos 65 anos, Maria Elisabeth está sempre planejando uma nova viagem, a mais recente foi para o Rio de Janeiro. “Eu já conhecia o Rio, tenho família lá, mas dessa vez fui com um grupo de excursão para conhecer outras coisas, além do cartão postal. Aproveitei também para ir à quadra da minha escola do coração, a Estação Primeira de Mangueira”, diz ela.
Por coincidência a última viagem que Dança fez também foi para a cidade maravilhosa. “Sou carioca de coração. E esse ano completo 70 anos, por isso resolvi me presentear e ir para lá no carnaval desfilar pela minha querida Beija Flor”, comenta Danca.
Quem vê os irmãos sempre sorrindo, falantes e contando muitas histórias não imaginam os problemas que já enfrentaram. Com Dança foi há sete anos quando foi parar na UTI por causa de uma pancreatite grave: “Os médicos disseram para minha família que eu já estava desenganado e só um milagre me salvaria, enfim, sou um milagre. Graças a Deus estou bem e saudável”, relembra o mau momento.
Já Beth descobriu a cinco anos que tem dois aneurismas e que não pode operar porque eles estão em lugares muito complicados. “Não é fácil saber que você está doente e não tem nada que possa fazer você ficar curada, mas eu respirei fundo e decidi que queria viver e não entregar os pontos”.
Levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima foi o que os irmãos fizeram e hoje estão curtindo a vida com muito humor.