Melatonina para enxaqueca
Melatonina, aminoácidos e a fisiopatologia da enxaqueca: a ponta ou o fragmento do iceberg?
Melatonin, aminoacids and migraine pathophysiology: the tip or a fragment of the iceberg?
Mario Fernando Prieto Peres Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein
RESUMO
O estudo das cefaléias vem se expandindo em diversas direções nas últimas décadas. O conhecimento da fisiopatologia da enxaqueca avançou bastante, recentemente. Desde a teoria vascular das cefaléias até a integração dos sistemas cérvico-trigêmino-vascular e o mecanismo de sensitização central, muitos aspectos foram levantados e hoje são melhor entendidos. Os recentes achados da importância da melatonina na fisiopatologia das cefaléias e também a implicação dos aminoácidos excitatórios, em especial o glutamato, abriram novas avenidas na pesquisa das causas da enxaqueca.
PALAVRAS-CHAVE
Enxaqueca, melatonina, glutamato, fisiopatologia.
ABSTRACT
Scientific knowledge in the field of headaches has grown significantly in recent years. Understanding of the pathophysiology of migraine has made important advances in several lines of reasearch. From vascular theory to the cervico-trigemino-vascular concept and the central sensitization mechanism, several aspects have been investigated and are now better understood. Recent findings regarding the role of melatonin in headache disorders and the implication of excitatory aminoacids, and glutamate in particular, have opened new avenues for migraine research.
KEY WORDS
Migraine, melatonin, glutamate, patophysiology.
UM BREVE HISTÓRICO
O estudo das cefaléias vem se expandindo em diversas direções nas últimas décadas. O conhecimento da fisiopatologia da enxaqueca avançou bastante recentemente. A primeira teoria descrita foi a do componente vascular das
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cefaléias, descrita por Graham e Wolff,1 inicialmente em 1938, e melhor detalhada nas décadas subseqüentes. Na década de 70, Federigo Sicuteri2 levantou a