Meio Natural, Meio Técnico e Meio Técnico Informacional
O conhecimento da diversidade do meio natural constitui a base de compreensão das interações entre o ser humano e o ambiente.
Compreender a dinâmica dos processos que ocorrem no território permite a percepção da sua gênese e da sua evolução, tornando-nos mais competentes para atuar no meio em que vivemos.
Quando tudo era meio natural, o homem escolhia da natureza aquelas suas partes ou aspectos considerados fundamentais ao exercício da vida, valorizando, diferentemente, segundo os lugares e as culturas, essas condições naturais que constituíam a base material da existência do grupo. Esse meio natural generalizado era utilizado pelo homem sem grandes transformações. As técnicas e o trabalho se casavam com as dádivas da natureza, com a qual se relacionavam sem outra mediação. O que alguns consideram como período pré-técnico exclui uma definição restritiva. As transformações impostas às coisas naturais já eram técnicas, entre as quais a domesticação de plantas e animais aparece como um momento marcante: o homem mudando a Natureza, impondo-lhe leis. A isso também se chama técnica.
1- Nesse período, os sistemas técnicos não tinham existência autônoma. Sua simbiose com a natureza resultante era total e podemos dizer, talvez, que o possibilismo da criação mergulhava no determinismo do funcionamento.
2- As motivações de uso eram, sobretudo, locais, ainda que o papel do intercâmbio nas determinações sociais pudesse ser crescente. Assim, a sociedade local era, ao mesmo tempo, criadora das técnicas utilizadas, comandante dos tempos sociais e dos limites de sua utilização. A harmonia socioespacial assim estabelecida era desse modo, respeitosa da natureza herdada, no processo de criação de uma nova natureza. Produzindo-a, a sociedade territorial produzia, também, uma série de comportamentos, cuja razão é a preservação e a continuidade do meio de vida. Exemplo disso é, entre outros, o pousio, a rotação de terras, a agricultura itinerante, que